Vereador Hamilton Assis defende trabalhadores ao contestar aumento da tarifa de ônibus em Salvador.
"A passagem foi reajustada em R$ 0,40 para manter o equilíbrio do sistema de transporte público", justificou o prefeito Bruno Reis.
O vereador Hamilton Assis (PSOL) protocolou uma representação no Ministério Público da Bahia (MP-BA) contra o recente aumento da tarifa de ônibus em Salvador, que passou de R$ 5,20 para R$ 5,60. Assis argumenta que o reajuste é prejudicial à classe trabalhadora e denuncia a falta de transparência nos critérios que fundamentaram o aumento.
“A tarifa já era alta para muitos trabalhadores, e agora esse reajuste impacta diretamente quem mais depende do transporte público. O mínimo que esperamos é clareza nas informações sobre os critérios adotados para essa decisão”, afirmou o vereador. O parlamentar também chamou o reajuste de "um golpe para a classe trabalhadora", reforçando sua indignação com a medida que, segundo ele, prejudica quem mais precisa do serviço.
O prefeito Bruno Reis justificou o reajuste afirmando que ele é necessário para manter o equilíbrio financeiro do sistema de transporte público. Segundo ele, a tarifa foi reajustada em conformidade com as condições contratuais estabelecidas entre a Prefeitura e as empresas de ônibus. "A passagem foi reajustada em R$ 0,40 para manter o equilíbrio do sistema de transporte público", declarou o gestor.
Hamilton Assis destacou ainda que o transporte público em Salvador enfrenta problemas estruturais, como a superlotação e os atrasos constantes, e que um aumento tarifário sem melhorias perceptíveis é um desrespeito à população. Na representação ao MP, o vereador pede que sejam avaliados os índices que embasaram o aumento, bem como o impacto econômico para os usuários do transporte coletivo.
O vereador também já solicitou ao prefeito Bruno Reis (União Brasil) os documentos referentes aos subsídios orçamentários, receita tarifária e outras informações que deveriam ser públicas, para que assim haja uma real transparência nesse processo.
A classe trabalhadora, que já lida com altos índices de desemprego e dificuldades econômicas, enfrenta mais esse ônus, enquanto melhorias prometidas no sistema, como maior frequência de ônibus e modernização da frota, ainda não foram implementadas em sua totalidade.
O caso agora segue para análise do Ministério Público, e a população aguarda ansiosamente por uma resposta que possa trazer mais justiça ao transporte público de Salvador.