Entrevista - Tamara Florência, estudante de pedagogia e moradora de Pau da Lima fala sobre o Consciência Negra.
A data da Consciência Negra é um marco para estimular tanto a reflexão quanto a ação. Pois do que adiantaria refletir e não colocar em prática não é? - Comentou Tâmara Florência
Matéria por Alan Silva / Colaborador Portal Pau da Lima.
Portal Pau da Lima: Quem é Tamara Florência?
Tamara Florência: O que a Consciência Negra representa para nós negros? Essa data deve ser considerada um feriado para festejar ou reflexão?
Portal Pau da Lima: A data da Consciência Negra é um marco para estimular tanto a reflexão quanto a ação. Pois do que adiantaria refletir e não colocar em prática né?
Tamara Florência: Em suma é uma data para protesto e afirmação cultural da nossa ancestralidade e reforço de todo um percurso histórico traçado para alguns avanços significativos atuais, como: educação, acesso à saúde, moradia entre outros direitos básicos conquistados.
Portal Pau da Lima: Qual a importância de elevarmos esse movimento para todo ano e não só no dia 20 de Novembro?
Tamara Florência: É importante levar o movimento para todos os dias do ano a fim de reforçar a luta contra o racismo e a importância deste movimento para a sociedade. Como também prezar pela continuidade da busca de outras conquistas e afirmações da nossa cultura e pluralidade.
Dia 18 de Novembro, dia Nacional de Combate ao Racismo, como promover a missão da Consciência Negra de todos em prol do movimento Anti-racista?
Tamara Florência: O dia 18 de novembro é mais uma data afirmativa para promover a luta contra o racismo estrutural e institucional presentes na sociedade. Promover a consciência para lutar contra esses sistemas se dá através do conhecimento dos tipos de racismos existentes. E ser antirracista cabe a todos, pretos e não pretos, é uma responsabilidade conjunta social.
Racismo velado, subliminar, humor ácido, sexual, são tantas classes para diminuir os negros. Como enfrentar tantos ataques através da informação, cultura e conhecimento?
Tamara Florência: Através da busca de conhecimento, informação, podemos nos munir de maneira potente para combater ações racistas que por muitas vezes são imperceptíveis. Quando o individuo tem ciência das ocorrências consequentemente o indivíduo se torna mais desperto e capaz de forma assertiva combater a essas atitudes.