Lana Santos, moradora de São Marcos, é nossa convidada pra falar sobre MOVIMENTO ANTIRRACISTA.
Você sabe distinguir os diferentes tipos de racismo? Lana é formada em gestão de Recursos Humanos, trancista de coração e contribui na autoestima e empoderamento das mulheres negras.
Racismo é um sistema de opressão onde há uma hierarquização entre raças, quando a que se considera pura e superior domina outras. No racismo há opressão, justamente por haver relações de poder.
Existem alguns tipos de racismo, dentre eles os mais comuns são:
Racismo recreativo: Nele existe a utilização do humor para ridicularizar nossos traços, esse modelo influencia diretamente na autoestima, a exemplo, temos os memes bem famosos nas redes sociais, e o Blackface, uma pratica teatral em que pessoas brancas pintavam-se para representar personagens negros de forma exagerada.
Racismo velado: muito comum e romantizado, normalmente as pessoas que o sofrem nem percebem pois ele sempre vem em tom de brincadeira, ou porque já é uma rotina com a qual a sociedade já se acostumou. Podemos percebê-lo no dia-a-dia com as frases tipo: “você é uma negra bonita”,” você nem é tão negro assim”, “ você é um negro de alma branca” , “você tem sorte de não ser muito preto”, entre diversas outras frases que com certeza você já ouviu.
Racismo estrutural: Esse é um dos mais agressivos e violentos, estando enraizado nas estruturas da sociedade de maneira a excluir um número substancial de minorias da participação em instituições sociais, reforçando assim a perpetuação da desigualdade.
Não é tão fácil combater o racismo, mas podemos fazer a nossa parte, não contribuindo para sua multiplicação, buscando conhecimento; estudando nossa historia; lendo livros de autores negros; seguindo influenciadores nas redes sociais que defendem essa causa, onde trazem conhecimento, fatos históricos e informações; repreendendo e não tolerando comentários e atitudes racistas; não frequentar ambientes onde não somos bem recebidos; incentivar ações e politicas públicas que combatem o racismo; apoiar a arte e o afro empreendedorismo; enxergar seus privilégios e usa-los para criar caminhos, principalmente se você estiver em posição de poder, assim você pode contribuir criando oportunidades, contratando pessoas negras e financiando nossos projetos.
Essas ações são os primeiros passos para um combate consciente na luta antirracista. Precisamos ser um alicerce, compartilhar nosso conhecimento, vestir a camisa, nos unir, dando as mãos, utilizando nosso lugar de fala, nos movimentando do nosso jeito fazendo nossa parte, construindo um sentimento de revoltar positiva, em busca da mudança. O importante é não se silenciar.
INDICAÇÕES PARA SEGUIR
Djamila Ribeiro
Carla Akotirene
Levi Kaique Ferreira
Escurecendo os fatos
Levanta negro
Aquilombar
Quebrando o tabu
INDICAÇÕES DE LIVROS
Um defeito de cor
Pequeno manual antirracista
Lugar de fala
Racismo, Sexismo e Desigualdade no Brasil
Mulheres, Raça e Classe
Lana Santos, 25 anos, formada em Gestão de Recursos Humanos pela Universidade Jorge Amado como bolsista, nascida e criada no bairro de São Marcos, atualmente faz parte da equipe gerencial de uma das maiores livrarias do Brasil, trancista de coração, contribuindo na autoestima e no empoderamento das mulheres negras. Luta em prol do enfrentamento antirracista.