Preço do Porto de Salvador inviabiliza cruzeiros ficarem mais tempo atracados.

Temporada de cruzeiros deve trazer cerca de 165 mil turistas à capital baiana.

Preço do Porto de Salvador inviabiliza cruzeiros ficarem mais tempo atracados.
Foto: Bruno Concha/Secom

O turismo de cruzeiros é um dos ramos mais importantes para as cidades do litoral brasileiro. Porém, Salvador, hoje, não é um “home port” para as empresas que atuam no Brasil. O home port acontece quando as empresas utilizam a capital como local para atração de até um dia completo. Com a temporada aberta até abril do ano que vem a cidade deve receber 165 mil cruzeiristas apenas para passar algumas horas na cidade. Sem consumir diárias de hotéis e com a quantidade limitada de pontos turísticos a se visitar.

O presidente da Salvador Destination, Roberto Duran, afirmou que Salvador não está como um “home port” para as empresas de turismo de cruzeiros pelo alto custo que a capital tem para as administradoras de navios atracarem. Segundo Duran, os valores colocados estão muito altos. "Um navio para atracar em Salvador paga uma diária muito cara, o combustível aqui é mais caro, a atracação aqui é mais cara, até a água aqui é mais cara para o navio. Então tudo isso inviabiliza o porto de Salvador para as empresas que atuam no ramo dos cruzeiros no Brasil", explicou.

Duran também explicou que os recursos que a Bahia deveria receber do Programa Nacional de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur) não vão ser aplicados em projetos que viabilizassem Salvador se tornar um home port para as empresas de cruzeiros. Segundo ele o projeto ainda está no papel. "Hoje, não existe nenhuma obra do Prodetur que possa viabilizar Salvador se tornar um "home port" para as empresas de cruzeiros. Existem sim alguns projetos em andamento e esses recursos estão em obras do turismo náutico da cidade. Porém, o que o governo tem que fazer é uma nova política fiscal mais atrativa para essas empresas", explicou.

Por meio de nota oficial a Secretaria de Turismo do Governo do Estado da Bahia afirmou que tem ciência do fato  e que o governo trabalha para equalizar essa questão. A Companhia das Docas do Estado da Bahia (CODEBA), empresa responsável pela administração do sistema de atração de navios de cruzeiros na capital, informou que os preços cobrados no porto de Salvador são tabelados e regulados pela ANTAQ – Agência Nacional de Transportes Aquaviários.