Trabalhadores da COELBA protestam contra demissões e retirada de direitos adquiridos.
Funcionários denunciam assédio e mudanças unilaterais que afetam condições de trabalho.
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Na manhã desta terça-feira (13), trabalhadores da COELBA realizaram um protesto na Unidade Territorial de Distribuição (UTD) de Pirajá, em Salvador, contra demissões em massa e denúncias de assédio. Além disso, a categoria se mobiliza contra a tentativa da empresa de alterar direitos conquistados há mais de 30 anos, como a folga nos “Dias Pontes” e a remuneração extra pelo trabalho no Carnaval.
Luciano Damásio, diretor de imprensa do Sinergia Bahia, sindicato que representa os eletricitários do estado, criticou a postura da COELBA e do grupo Neoenergia, afirmando que a retirada desses direitos ocorre de maneira unilateral e sem diálogo com a classe trabalhadora.
“O grupo Neoenergia insiste de uma forma unilateral em retirar os direitos dos trabalhadores. Há mais de 30 anos temos uma cultura do calendário laboral que é folgar nos 'Dias Pontes'. O que são os Dias Pontes? São aqueles dias que antecedem ou precedem um feriado, caso sejam dias úteis. Exemplo: vamos ter o feriado do dia 1º de maio, e se esse feriado cair numa quinta-feira, a sexta é uma folga.
Além disso, a COELBA também quer mexer na nossa cultura do Carnaval. No Carnaval, a gente trabalha como hora extra. A COELBA quer que a gente trabalhe e mude o calendário para um dia normal, e aqui na Bahia o Carnaval é cultura. Salvador tem o maior Carnaval do mundo e nós não vamos abrir mão dos nossos direitos conquistados e adquiridos há mais de 30 anos.
O grupo Neoenergia, de uma forma nefasta, de uma forma unilateral, quer acabar com o bem-estar da classe trabalhadora dos eletricitários do Estado da Bahia, que dá muito lucro ao grupo. Só no ano passado, o lucro obtido pela empresa chegou a quase R$ 5 bilhões. E agora ela faz conta de palito para tirar o que é de direito do trabalhador? Nós não vamos aceitar de forma nenhuma! Vamos continuar na luta!” — disse Luciano.
Os eletricitários alertam que seguirão mobilizados para impedir a retirada de seus direitos e exigem um posicionamento da COELBA e do grupo Neoenergia. A luta por condições dignas de trabalho continua, e a categoria reforça a importância da união para barrar retrocessos e garantir que a valorização dos trabalhadores acompanhe os altos lucros da empresa.